segunda-feira, 19 de agosto de 2013


FEIJOA








A Feijoa (Feijoa sellowiana) é um arbusto vivaz ou árvore de pequenas dimensões, que pode atingir de 1 a 7 metros de altura. É originário das terras altas do sul do Brasil, Uruguai e norte da Argentina. O fruto amadurece no Outono e é de coloração verde (confundindo-se com as folhas!), de forma elipsóide, com o aspecto de uma goiaba miniatura. Tem um sabor agradável, muito aromático e doce. A polpa é sumarenta, dividindo-se numa parte mais gelatinosa, onde estão as sementes, e uma parte mais firme e levemente granulada junto à casca. O fruto cai da árvore quando maduro, mas pode ser colhido antes. Se se lhe tocar e ele nos cair nas mãos é porque já está maduro. 
  

 


 

O botânico alemão Ernst Berger nomeou o género em honra de João da Silva Feijoa (1760-1824), um naturalista luso-brasileiro. É uma planta de ambientes quentes-temperados a subtropicais, desenvolvendo-se também nos trópicos, requerendo, contudo, alguns dias de baixas temperaturas para poder frutificar. Dá-se bem no nosso clima, resistindo à geada, apesar de ser um arbusto de folha persistente. A sua polinização é difícil. Ainda que as flores sejam espectacularmente vistosas não atraem muito as abelhas e outros insectos polinizadores, chegando os produtores especializados neste fruto a proceder à polinização forçada, passando o pólen de umas flores para outras com um pincel.



O fruto come-se cortando-o  longitudinalmente e, depois, extraindo com uma colher de chá a polpa sumarenta. Também se pode fazer compota com a polpa. Dos três exemplares que tenho, este é o mais antigo e que agora já está cheio de flores, mas nem todas irão frutificar. As 3 últimas fotos são da produção de anos anteriores.


2 comentários:

  1. Olá Augusto! Quando li este texto fiquei a pensar se seria este o problema das minhas duas feijoas que todos os anos se carregam de flor para depois não darem fruto nenhum. Quando for a altura vou forçar a polinização e depois dou-te notícias. Obrigada pela dica e parabéns pelo regresso do Pilriteiro, do qual já tinha saudades.

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    1. Ana, é isso, podes ter a certeza. Este ano vi nesta árvore uns abelhões a passear de flor para flor, mas acho que, mesmo assim, não vou ter muitos frutos. Também costumo passar o pólen de umas flores para outras, delicadamente, entre os dedos polegar e indicador, sempre que passo junto da árvore. Resta-nos o vento para uma polinização natural, desde que não seja muito forte. Atenção: a árvore precisa de rega regular.

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