sexta-feira, 13 de setembro de 2013



ORELHAS-DE-ELEFANTE





Orelhas-de-elefante, ou Lírio-de-sangue (Haemanthus coccineus) é uma espectacular planta de bolbo, nativa da África do Sul. No início de Setembro começaram a sair, directamente da terra, as flores de um vermelho vivo, de onde o nome comum Lírio-de-sangue, que é uma tradução de um dos vários nomes comuns em inglês.




De cada bolbo nasce uma só flor que desaparece em poucos dias. Só depois é que nascem, também directamente da terra, as enormes folhas – normalmente duas por bolbo - que deram lugar ao outro nome comum, folhas que durante o Inverno acabam por desaparecer, até porque não suportam muito baixas temperaturas. 

 


Com o tempo o bolbo vai-se subdividindo, podendo o inicial, em condições ideais de solo e temperatura ambiente, atingir mais de 20 cm de diâmetro. Tanto se pode cultivar em vaso, como no solo. Fica bem num jardim de rochas, entre seixos rolados. As duas fotos do vaso com as folhas são do ano passado. 

terça-feira, 10 de setembro de 2013




ERVA-TINTUREIRA





A Erva-tintureira (Phytolacca americana) é uma planta herbácea, vivaz, originária da América do Norte, que pode atingir de 1 a 3 metros de altura. Actualmente encontra-se naturalizada em muitas outras regiões de clima temperado, onde foi introduzida para utilização das bagas em tinturaria, finalidade que se encontra expressa em vários dos seus nomes comuns.
Em Portugal encontra-se principalmente no centro e norte do Continente, à beira de caminhos e em terrenos incultos, mas sobretudo nos cultivados, preferindo solos com alguma humidade e aráveis, onde as suas raízes (que chegam a atingir grandes dimensões) se podem desenvolver em melhores condições.






É considerada uma planta infestante e de difícil erradicação. Mesmo quando queimada pela geada, das suas raízes brotam novas plantas na Primavera seguinte. As bagas são tóxicas, toxicidade que parece não afectar as aves que delas se alimentam, ajudando assim a espalhar as sementes. Já aos humanos adultos são suficientes 10 bagas para originar uma intoxicação. Esta planta também é conhecida, em várias regiões de Portugal, por outros nomes: Baga-moira, Erva-da-América, Erva-dos-cachos-da-Índia, Erva-dos-cântaros, Erva-dos-cancros, Erva-dos-tintureiros, Fitolaca, Gaia-moça, Tintureira, Uva-da-América, Uva-do-Canadá, Uva-dos-tintureiros, Uva-dos-passarinhos, Vermelhão e Vinagreira.    





As primeiras 3 fotos são de Agosto de 2006, tiradas no Pinhal do Rei / Mata Nacional de Leiria, no talhão 105, junto à estrada a sul do ponto de vigia da Crastinha e mostra como a planta recuperou bem após o grande incêndio de 2003, que devastou uma área enorme deste Pinhal. Tais fotos foram nessa altura publicadas e comentadas na 1ª fase do Pilriteiro/Multiply. As 3 fotos seguintes foram tiradas no passado Domingo, dia 8, em Monte Real, a um belo exemplar desta planta existente numa floreira particular, integrada num muro, no recanto de um passeio, portanto a dar para a via pública.

      


As restantes fotografias foram obtidas, na tarde do mesmo dia, debaixo da linha de muita alta tensão, próximo da estrada que liga a Zona Industrial da Guia (concelho de Pombal) ao Grou, estrada recentemente alargada e pavimentada, com uma excelente ciclovia a seu lado. Na primeira foto onde aparece um poste da linha de muita alta tensão e na penúltima desta série nota-se o branco dos elementos de betão que separam a estrada da referida ciclovia. 




Para a montagem desta linha, e sua protecção, foi aberta uma larga clareira e a REN, além de indemnizar os proprietários dos pinhais e eucaliptais pelo espaço ocupado, plantou-lhes gratuitamente pinheiros mansos, por ser uma árvore que não atinge grande altura. Entretanto, por entre os recém-plantados pinheiros, começou a aparecer a praga da Erva-tintureira, de que aqui se dá uma pequeníssima amostra, situação que tem prejudicado o regular desenvolvimento das pequens árvores e preocupado os proprietários de tais parcelas.