quinta-feira, 29 de agosto de 2013


 
AS MINHAS BIGNÓNIAS
 


A Bignónia vermelha (Campsis radicans) está agora em plena floração e vai continuar a oferecer-nos este “fogo de artifício” durante todo o Verão. A exposição soalheira desta trepadeira favorece-lhe uma floração abundante. Está enleada na grade juntamente com uma Bignónia rosa (Podranea ricasoliana), de modo a obter-se um efeito mais espectacular pelo contraste das cores.
 


São ambas de folha caduca e necessitam de poda na época própria, porque os seus ramos atingem todos os anos um grande desenvolvimento. 



Nas primeiras três fotos aparecem as folhas lineares de uma Cana-de-açúcar  (Saccharum officinarum) e na última as flores da Bignónia rosa atravessadas pelo sol da tardinha. 

 
 

Todo o muro que lhes serve de fundo está forrado pela Vinha-virgem-do-Japão (Parthenocissus tricuspidata), cujas folhas começam a ficar com belos tons de vermelho no fim do Verão, passando, depois, gradualmente, a tons de castanho, até caírem durante o Outono.  

domingo, 25 de agosto de 2013


SUMAÚMA-BASTARDA








A Sumaúma-bastarda (Araujia sericifera) é uma trepadeira perene, nativa da América do Sul, que pode atingir entre os 5 e os 7 metros de altura, ou enredar-se em si própria num emaranhado de ramos e folhas, como neste caso, embora esteja parcialmente agarrada a uma grade que encima um muro. Quando se corta qualquer parte desta planta ela liberta uma desagradável seiva branca pegajosa. É de rápido crescimento, estando nesta altura em plena floração e já com alguns frutos. As flores, de cerca de 2 cm de diâmetro, são geralmente polinizadas por borboletas e abelhas. 






 

 No blogue “Dias com Árvores” (http://dias-com-arvores.blogspot.pt/2009/09/trepadeira-cruel.html) consideram-na uma “trepadeira-cruel” por causa do “tratamento que dá aos insectos: sem ser carnívora, e portanto sem tirar qualquer proveito desse gesto, usa o pólen pegajoso para os aprisionar; só quando a flor murcha é que eles se libertam, se não for já tarde de mais para isso”. Os frutos em forma de pera, quando maduros, podem atingir mais de 10 cm de comprimento e contêm grande número de sementes pretas agarradas a finos fios sedosos, o que lhes permite uma fácil dispersão pelo vento quando o fruto, já seco, se abre ao meio e as vai libertando gradualmente.






 

Esta Sumaúma nada tem a ver com a verdadeira Sumaúma que pode obter-se de 3 espécies diferentes de árvores: a Ceiba pentandra, a Ceiba insignis e a Ceiba speciosa, a que os brasileiros chamam Paineira, da qual existe um belo exemplar no Jardim da Estrela, em Lisboa.