ORVALHO-DO-SOL
Estes exemplares da Orvalho-do-sol (Drosophyllum lusitanicum), que
apresentamos, foram fotografados no seu habitat natural, em 2010, no que julgo
ser o último reduto desta planta em Ortigosa, dado que o local onde se
encontravam em abundância, está cada vez mais reduzido, devido ao
desenvolvimento do pólo industrial entre a EN 109 (Leiria - Figueira da Foz) e
a auto-estrada A17. Este último reduto talvez sobreviva, já que se encontra
numa zona mais a sul do pólo industrial, onde será difícil a construção devido
às acentuadas curvas de nível, perto de um pequeno vale, pelo que a zona deve
estar classificada como REN. Mas também há que ter em conta a intensa poluição
causada pelo trânsito automóvel na EN 109 e na A17, que, por certo, irá ter
efeitos negativos na sobrevivência destas plantas.
Hoje, em Junho de 2014, o mato encontra-se cortado e com ele todas
estas plantas carnívoras que se vêem nas fotos. Esperemos que as sementes que
tenham caído à terra venham a germinar e que, dentro de poucos anos, possamos
ter aqui, novamente, um importante reduto da Drosophyllum lusitanicum, que em
Julho de 2010 chegou a ser visitado por elementos da Comunidade Portuguesa de
Plantas Carnívoras, que à Ortigosa se deslocaram propositadamente para observar
tais plantas no seu habitat natural.
A Drosophyllum lusitanicum é um exemplar
originário da flora portuguesa, mas também com presença em Marrocos e no sul de
Espanha. Dá-se sobretudo em pinhais e matos ralos e, tanto quanto se julga
saber, é a única insectívora capaz de se desenvolver em solos secos, arenosos
ou rochosos, ácidos e fortemente expostos ao sol. Suporta bem a aridez estival
graças a um sistema radicular bem profundo, assim como aguenta as chuvas
torrenciais do inverno. Dantes encontrava-se com certa abundância de norte a
sul de Portugal, até 30 km do mar, embora também apareça no Alentejo, na Serra
de Ossa.
Popularmente é conhecida por Orvalho-do-sol, Pinheiro-baboso, Erva-pinheira-orvalhada, ou Orvalho-do-pinhal.
As folhas desta planta são muito finas e compridas, estando totalmente cobertas por glândulas que segregam uma substância pegajosa, com um odor a mel, à qual os pequenos insectos ficam agarrados, acabando por morrer de cansaço com o esforço feito para se libertarem. Depois, por gravidade, acabam por cair na base das folhas, onde glândulas digestivas segregam as enzimas e os ácidos necessários para a sua digestão. Parece que, em 24 horas, é capaz de digerir um pequeno mosquito. A flor, amarela, com pétalas de 2 cm de comprimento, aparece na Primavera, mas dura poucos dias.
As folhas desta planta são muito finas e compridas, estando totalmente cobertas por glândulas que segregam uma substância pegajosa, com um odor a mel, à qual os pequenos insectos ficam agarrados, acabando por morrer de cansaço com o esforço feito para se libertarem. Depois, por gravidade, acabam por cair na base das folhas, onde glândulas digestivas segregam as enzimas e os ácidos necessários para a sua digestão. Parece que, em 24 horas, é capaz de digerir um pequeno mosquito. A flor, amarela, com pétalas de 2 cm de comprimento, aparece na Primavera, mas dura poucos dias.
Caso queira saber mais sobre plantas carnívoras, ver o sítio
da Comunidade Portuguesa de Plantas Carnívoras:
http://plantascarnivoras.forumr.net/
http://plantascarnivoras.forumr.net/
ou o da Associação Portuguesa de Plantas Carnívoras:
http://www.appcarnivoras.org/site/
Gostei muito de ler esta página. Não sabia nada disto. Obrigada.
ResponderEliminarJúlia